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Notícias

13/02/2020
Secretaria de Assistência Social e Cidadania

Prevenção da Gravidez na Adolescência



Adolescentes – indivíduos entre 10 e 20 anos incompletos – representam entre 20% e 30% da população mundial, estimando-se que no Brasil essa proporção alcance 23%.

Ficar grávida é o desejo de muitas mulheres, inclusive adolescentes. No entanto, a gravidez na adolescência pode transformar esse momento vital em muitas crises e riscos para a adolescente, para o recém-nato (RN), para a família e para a sociedade, aumentando os custos associados ao evento para o sistema de saúde e, elevando as taxas de mortalidade, além de impactar no futuro de várias gerações.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta faixa etária é uma condição que eleva a prevalência de complicações maternas, fetais e neonatais, além de agravar problemas socioeconômicos existentes.

A taxa de gestação na adolescência no Brasil é alta para a América Latina, com 400 mil casos/ ano.

Diversos fatores concorrem para a gestação na adolescência. No entanto, a desinformação sobre sexualidade, sobre direitos sexuais e reprodutivos é o principal motivo. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, incluindo o uso inadequado de contraceptivos, como métodos de barreira e preservativos.

A falta de um projeto de vida e expectativas de futuro, educação, pobreza, famílias disfuncionais e vulneráveis, abuso de álcool e outras drogas, além de situações de abandono, abuso/violência e a falta de proteção efetiva às crianças e aos adolescentes, também fazem parte desse quadro.

Muitas vezes, a gravidez é desejada pela jovem, inclusive como uma resposta ao meio que a circunda ou como forma de exercer a sexualidade, de ser incluída e aceita socialmente. Ou ainda por gerar benefícios financeiros futuros para a família. Todos esses fatores também contribuem para a reincidência da gravidez ainda na adolescência.

Maternidade e paternidade são momentos do ciclo de vida familiar que exigem responsabilidades legais e socioeconômicas perante o filho gerado, além da obrigação de responder pela ação própria. Muitas vezes, isso não acontece ou é dificultado na adolescência, seja por sua imaturidade ou pela falta de independência, causando mais riscos que resultam no abandono do RN não desejado e não programado ou pelo número elevado de abortamentos realizados e assim pela perpetuação da exclusão social.

Não se pode esquecer a influência de fatores psicossociais como a presença ou ausência do apoio familiar, apoio ou não de companheiro/ pai do RN, e fatores ambientais como acesso aos cuidados básicos em saúde, forças que exercem variações nos resultados da gestação, como no peso, na prematuridade e outros achados neonatais, além das complicações maternas obstétricas do parto e pós-parto.

Estudos apontam que a paternidade nem sempre é uma função identificada, pois culturalmente focaliza-se quase sempre o papel da mãe. Convém estimular o pai adolescente a comparecer aos serviços de saúde, tanto no pré-natal como no planejamento familiar, de modo a melhorar a atenção à saúde reprodutiva e à paternidade responsável, pois com certeza reduzirá a reincidência da gestação nesta faixa etária.

Pesquisas revelam que as gestantes adolescentes indicam a interrupção dos estudos como a mais frequente e preocupante. O abandono escolar compromete não apenas a continuidade da educação formal, como resulta em menor qualificação e obstáculo nos seus projetos de vida.

No entanto, a gravidez na adolescência não é um fenômeno homogêneo e depende do contexto social no qual a garota está inserida. Nas camadas sociais média e alta, a ocorrência de gestação na jovem tende a não prejudicar tanto o percurso de escolarização e profissionalização. Por outro lado, em classe social baixa, a adolescente tem maior dificuldade em continuar e finalizar os estudos, encontrando mais obstáculos na sua profissionalização, até porque, na maioria das vezes, não pode contar com o apoio familiar e social.

A gravidez na adolescência é considerada problema de saúde pública que deve ser abordado de maneira abrangente. O diagnóstico, o manejo clínico precoce desta gravidez, a condução da gestação, o acompanhamento no puerpério e o estímulo à amamentação, além do controle nutricional devem ser realizados por equipe multidisciplinar e são relevantes com a finalidade de garantir o bem físico, psicológico e social dessas mães adolescentes, dos parceiros, filhos e familiares. Um dos mais importantes fatores de prevenção é a educação, fato indubitável para a saúde plena, tanto individual quanto coletiva. Nesse sentido, é importante considerar a educação abordando sexualidade e saúde reprodutiva, tanto no meio familiar quanto na escola, com abordagem científica, e nos programas de promoção à saúde. Não apenas quanto aos eventos biológicos, mas em relação ao convívio de respeito entre meninos e meninas, atividades sexuais com responsabilidade e proteção – métodos contraceptivos - principalmente durante a adolescência.

A educação sexual integrada e compreensiva faz parte da promoção do bem-estar dos adolescentes e jovens, realçando o comportamento sexual  responsável, o respeito pelo/a outro/a, a igualdade e equidade de gênero, assim como a proteção da gravidez inoportuna, prevenção de infecções sexualmente transmissíveis/HIV, defesa contra violência sexual incestuosa e outras violências e abusos.

A Lei 7398/2019, que acrescenta o artigo 8°A ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), para instituir a Semana de Prevenção de Gravidez na Adolescência é mais uma das ações preventivas de gravidez inesperada, visando a proteção da vida da jovem adolescente, para tanto, o Conselho Tutelar, juntamente com o Poder Executivo, através da Secretária de Saúde, Secretária de Habitação e Assistência Social e Secretária de Educação, Cultura e Desporto e com o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente – COMDICA, que compõem a Rede Municipal de Proteção à Criança e ao Adolescente, farão diversas ações sobre o tema em Antônio Prado.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria


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